quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Festa de final de exames, de Natal, e de despedidas

Caros leitores, lamento, mas este post tem um destinatário específico. É para a minha querida sorella/figlia/parvinha/cattiva/Rosalina, etc etc, que não pôde estar presente (sua ausente!), pelo que prometi contar-lhe tudinho.

Então foi assim, terça houve festa. Onde? A resposta é óbvia, foi na nossa casa, como já vai sendo hábito.

Mas antes disso, fomos ao jantar de Natal que a Mensa (cantina) organizou, com comida natalícia típica italiana. O primi era um risotto de castanhas e cogumelos porcinni, o secondo era uma vitela, o contorno era uma espécie de tarte de batata e brócolos (óptima, devia ter decorado o nome!), e de sobremesa havia o célebre Panetone de Milão. Havia cozinheiros especiais e tudo, havia pai-natais a passearem pela Mensa, foi engraçado. Levámos uma garrafinha de vinho para acompanhar, que abrimos mesmo à frente das empregadas e ninguém refilou.




Lá para as 23h começou a festa. Desta vez a variedade de nacionalidades foi pouca, já não está cá quase ninguém. Só tivemos portugueses, espanhóis, italianos e alemães, mas arrisco-me a estimar que passaram cá por casa umas 40 pessoas.

Mais uma vez funcionou a proporção "convida-se 1, aparecem 10". Só para teres noção, mandei uma mensagem à Marta, e apareceu ela, a Pilar, a Ana, o Emiliano, a Andrea, o Michele, a Alba, aquele alto de Roma (Marco?), o Chema, o Mattia e um tal de Manfredo (que diz que nos conhece, até sabia os nossos nomes). A Esther não pôde vir porque estava "lavorando" (desta vez já não cometi o erro de perguntar "Davvero?! Dove?" LOL).


A Pilar viu uma foto das minhas sobrinhas e ficou apaixonada, fez questão de decorar os nomes, que querida!

Entretanto, o Michele e o Marco decidiram inventar que eu fazia anos. 82! Mas que estava muito bem conservada, aparentava apenas 80. Então cantaram-me os parabéns vezes sem conta, aos altos berros, e depois toda a gente me vinha dar os parabéns, porque pensavam que era verdade.

Fizeste cá falta para fazer a cobertura fotográfica (e por muitos mais motivos, claro) . A máquina do Hugo não tinha bateria, para não variar, e a do Francisco também acabou. Então ele decidiu ir a casa num instante buscar o carregador. Lá foi sozinho, e voltou passado bue tempo, mas...trouxe o cabo de ligar ao computador! LOL (desculpa xico mas tinha de contar :P)
O Alessandro também apareceu cá mais tarde (não veio sozinho, claro). E não sei como, depois de tudo o que se passou, ainda apareceu com com uma garrafinha para nós!!! Claro que eu não deixei chegar ao fim, e disse que tinha de guardar um bocado para a minha Inesinha, então trouxe a garrafa para o quarto, e tens aqui um restinho de Artic Fragola para Janeiro :D

O meu quarto mais uma vez foi eleito como o quarto dos casacos, e por causa disso estava sempre gente a querer cá vir pôr e buscar coisas. A Marta insistia em ser a detentora da chave, à qual chamava "la chiave dell'amore", sabe-se lá porquê. Depois agarrou num marcador, e naquele mapa de Pisa que eu tenho por cima da secretária fez um círculo na rua dela e escreveu "casa della tua alma gemella", lol. Às tantas começou-se a aglomerar gente aqui no quarto, e a minha cama ficou neste estado...

Depois a Alba (a de Madrid) lembrou-se de pôr a circular um papelinho a desejar-me boas festas, onde todos os presentes me escreviam qualquer coisa e assinavam. Está tão giro, já o colei no armário, claro! Há quem tenha escrito qualquer coisa tipo "as melhores festas de Pisa são as da vossa casa". Nós sabemos que sim :)


No fim eu, o Victor e o Joaquin chateámo-nos por uma parvoíce, mas por causa disso a Bea passou 2h a consolar o Victor, o que acabou por não ser mau de todo :P

Ah, entretanto o truque do "WC guasto" já não funciona, é uma pena. O Dani pediu-me, e eu lá voltei a colar o papelinho na casa-de-banho amarela, mas toda a gente insistia em usá-la. Os portugueses, porque lêem o meu blog e já perceberam que é mentira (grrrr!). Os restantes, porque já vão achando estranho que em todas as festas aquela casa-de-banho esteja sempre avariada! Bolas!


Uma coisa muito curiosa que aconteceu desta vez, foi que o vizinho não deu nem o mais pequeno sinal de vida. Nem sequer recebemos um telefonema da Maria hoje. Terá ele já ido de férias?

Hoje quando acordámos tínhamos um recadinho de despedida do Victor e Daniel, que para além das dedicatórias personalizadas, dizia "Grazie per tre mesi incredibile. Sono i megliori" :D Também já está na porta do armário.

Beijinhos minha querida, mancas-me muito, e como já te disse, per fare a meno di te (mais uma música nossa!) não é a mesma coisa!
TVB

sábado, 13 de dezembro de 2008

Webcam

(print screen)

Reparem na minha cara de derretida quando põem o meu Tomaz Maria à frente da webcam! Que saudades...

Já o mesmo não se pode dizer da expressão assustada do pobre gato que não percebe nada do que se está a passar!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Exame de Italiano

Ontem tive exame de italiano. Puxadote, porque em apenas 15 aulas, demos imensa gramática. O que vale é que eu ADORO gramárica. Passo a enunciar:

· Imperfetto
· Condizionale Presente
· Condizionale Composto
· Futuro Simplice
· Futuro Anteriore
· Pronomi Diretti
· Pronomi Indiretti
· Pronomi Combinati
· Particelli “ci” e “ne”
· Imperativo Diretto
· Imperativo Negativo
· Imperativo Indiretto
· Imperativo Monosillabico
· Imperativo Monosillabico con pronomi
· Congiuntivo Presente
· Congiuntivo Passato
· Congiuntivo Imperfetto
· Trapassato
· Preposizioni

Há imensas regras para decorar, de modo a perceber quando usar cada tempo verbal, e eu via as minhas colegas chinesas, norte-americanas, polacas, etc todas aflitas a pensarem em cada caso que regra aplicar, e só me lembrava da sorte que tenho em ser portuguesa e bastar-me pensar, naquele caso concreto, que tempo/modo usaria em português, porque é igual.

O exame era mais uma vez no computador, tipo exame de código, e ao fim de 1h30 a sessão ia abaixo porque tinha chegado o fim do tempo.

Eram 20 exercícios, cada um com várias perguntas, e quando eu cheguei ao 18º carreguei numa tecla qualquer sem querer… e apaguei tudo o que já tinha feito!!!

Fiquei em pânico, chamei a professora, chamei o técnico, mas ninguém conseguiu recuperar o que eu já tinha feito. A professora começou-me a fazer festinhas na cabeça, a dizer para eu não me preocupar que ela me conhecia e sabia que eu era uma “brava studentessa”, que quem mandava ali não era o computador, mas sim ela, e para eu tentar refazer tudo na meia hora que ainda me sobrava.

Consegui acabar, agora se a qualidade se manteve é que já não acredito… uma pena :(

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Aldeia da roupa branca

Isto é o estado do meu quarto quando chove e quando o estendal está cheio (somos 7 a usá-lo...)

Um mimo, não acham? LOL
Mas olhem que com o aquecimento seca super rápido!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Uma história para contar aos meus netos

Ora bem, anteontem, pela primeira vez emprestei a minha bicicleta.

Fiquei um pouco reticente, porque sou muito apegada a ela (recorde-se que não me contentei com a primeira que vi, esperei um mês até que o senhor da loja pusesse na que eu tinha escolhido todas as mariquices que eu queria: cesto à frente, campainha do Winnie the Pooh, mudanças, descanso, luz e reflector). Mas o Victor (um dos espanhóis cá de casa) tinha cá uma amiga que veio cá passar uns dias, queria ir dar uma volta com ela, eu não ia sair de casa, por isso claro que emprestei.

No dia seguinte acordei e não vi a minha querida bicicleta estacionada no sítio do costume, nem no resto da rua... Liguei ao Victor, que me disse muito a medo "Houve um problema, roubaram-na ontem à noite, junto ao rio...Peço imensa desculpa, levaram a tua e deixaram a minha...a única coisa que posso fazer é arranjar-te outra". Fiquei passada, só dizia que se encontrasse o autor do delito ia haver sangue! Depois, já em casa ele mostrou-me o cadeado partido e tivemos alta discussão, eu a dizer que a tinha há dois meses e que nunca lhe tinha acontecido nada, que sobretudo já tinha um valor sentimental, apesar de não ser uma boa bicicleta, e que agora ia ser difícil encontrar outra com todos aqueles acessórios que eu gostava. O rapaz quase chorou.

À noite, cá em casa houve a festa dos 27 anos do Daniel, o outro espanhol cá de casa.




A meio da festa, o Victor vem ter comigo e diz para eu ir com ele lá abaixo. Fiquei logo desconfiada que tinha a ver com o assunto bicicleta, pensei "pronto, já arranjou outra para mim".

Mas não, era a MESMA BICICLETA, A MINHA BICICLETA! Fiquei histérica, e só lhe perguntava como é que tinha aparecido ao que ele me respondia "Magia, magia!"

Voltei para a festa radiante, e percebi que havia ali história, e que algum dos presentes estava associado ao roubo... como ninguém me contava a verdade, comecei a perguntar um a um "Foste tu que roubaste a minha bicicleta ontem à noite?", até que à segunda tentativa acertei!

E não é que foi a Rocio, uma espanhola do meu nível do italiano?! Ela só me pedia desculpa, que embora em Pisa seja normalíssimo (mesmo!) roubar bicicletas, ela nem sequer era apologista disso, inclusivamente a sua bicicleta tinha sido comprada!

Lá me contou a história todinha, que é surreal.

Então foi assim, ela mora longe do centro, e no dia anterior tinha ido sair, mas quis ir a pé. Contudo, às tantas da manhã já não quis regressar sozinha a pé, então os amigos disseram que lhe roubavam uma bicicleta num instante. Viram a minha, muito feminina, e foi a escolhida.

No dia seguinte, portanto ontem, ela estava convidada para a festa do Daniel, e como queria trazer uma garrafa de vinho para lhe oferecer, decidiu trazer a bicicleta do cestinho, e não a dela, que não tem cesto, portanto veio na minha bicicleta recém-roubada para a festa na minha casa, obviamente sem saber que eu era a dona.

Ao chegar, foi ao quarto do Victor, e viu o cadeado quebrado que lhe era familiar. Para além disso, o Victor queixou-se que estava muito triste porque pela primeira vez tinha pedido uma bicicleta emprestada, e tinha sido logo roubada, no dia anterior, junto ao rio.

Ela começou a juntar as pecinhas do puzzle, e pediu para ele ir ver se a dita bicicleta não era a que ela tinha roubado na noite anterior, e que estava lá em baixo.

E assim foi, eu pensava que nunca mais ia ver a minha querida bicicleta, mas afinal ela acabou por me vir parar à porta menos de 24h depois do roubo!

E como tudo está bem quando acaba bem, entre muitos "Mi dispiace Filipa, non sapevo che era tua", acabámos a rir do assunto, eu, a Rocio, e os dois espanhóis que comparticiparam o roubo!


Agora combinámos fazer uma marca nas nossas próprias bicicletas, para que entre nós Erasmus, elas não sejam roubadas!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Rádio Renascença - Fórum Avós

Digam lá que não tenho a avó mais querida de todo o sempre!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Declaro aberta a época de estudos

E porque um Eramus também estuda, e porque agora em Dezembro já há o 1º Apello, é tempo de acalmar um bocadinho e olhar para os livros.
O que não é fácil, porque cá a vida não pára, e quando uma pessoa se senta um bocadinho para estudar, chega sempre uma mensagem a convidar para um Jantar de Portugueses (ver http://natorredepisa.blogspot.com/2008/11/jantar-tuga.html), ou para um jantar em casa da Sooulgan (norueguesa), ou um email para um aperitivo no Mimi Café, ou o convite para um concerto de uns italianos da faculdade, ou para os anos do Daniel (espanhol cá de casa), etc, e não é fácil dizer "Não, hoje tenho que estudar"!

Ontem já tive de apresentar um trabalho oralmente e responder a perguntas, nas próximas duas semanas haverá exames...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Lettera al Babbo Natale


Aqui vos deixo a minha carta ao Pai Natal (já não fazia isto há uns anos!), que foi o último trabalho de casa do curso de italiano.


Este é o Pai Natal mais feioso que já vi, foi desenhado pela Inês na minha carta. Vá, convenhamos que eu não faria melhor :P


Caro Babbo Natale,

Sei già dimagrito? Dovresti mangiare meno!
Come vanno le tue renne?

Quest'anno sto studiando fuori, le spese sono di più, e quindi non posso chiedere molte cose.

A Pisa fa più freddo che a Lisbonna, e per questo ho bisogno di un pigiama più caldo. In Portogallo per la mia colazione c'erano sempre dei toast. Infatti, qua mi manca tantissimo una tostapane. Mi piacerebbe anche avere un profumo perchè il mio è già finito. Infine, vorrei che mi fosse regalato il livelo B2 del corso di italiano, nel caso che superi il livello B1, affinchè possa migliorare la mia conoscenza della lingua italiana.

Dunque, questo Natale non desidero tanti regali materiali, invece preferisco chiedere che tutta la mia famiglia si riunisca al cenone di Natal perchè sono arrabbiati tra di loro da molto tempo, e non ne posso più. Vorrei una notte con i miei, con mio fratello, mia cognata, le loro figlie gemelle di tre mesi, le mie nonne, i miei zii, mia zia, tutti i miei cogini ed anche con i miei gatti e cani che mi mancano molto. Mi piacerebbe un Natale con salute e felicità.

Spero che ascolti la mia richiesta.

Grazie!

sábado, 29 de novembro de 2008

Em busca do pacco perdido

Sabia que a minha avó me tinha mandado uma encomenda para cá.

Não sabia o que tinha, mas sabia que já tinham passado duas semanas, e portanto era já altura de ter chegado. Começava e suspeitar que tinha sido o vizinho de baixo a roubá-la (sim, aquele vizinho que está sempre a vir cá refilar).

Até que ligam a dizer que a encomenda está algures em Pisa, mas com o endereço ilegível. Contudo, a saga não ficou por aqui:

Ir duas vezes à estação de correios aqui da zona, ir à estação de correios central de Pisa, ligar para o número verde, mas nada. Ninguém sabia de tal encomenda.

Dias depois, tentar ligar para outro número e ter a informação de que a encomenda se encontrava numa zona periférica da cidade chamada Ospedaletto, no armazém da DHL. Valeu-me ter um mapa de Pisa todo despedaçado no fundo da mala desde há três meses para cá, onde num cantinho meio rasgado tinha as ruas de Ospedaletto.

Correr mundos e fundos à procura da porcaria do autocarro que vai para Ospedaletto, ouvir indicações contraditórias e finalmente apanhar o autocarro certo, o 12, já de noite.
Ver a cidade a ficar para trás, e o autocarro a apanhar vias rápidas até ao belo do subúrbio.

Passar numa estrada longa e escura, sem casas, apenas fábricas e stands de automóveis, e saber que é algures por ali, mas sem saber ao certo em que paragem descer.

Querer pedir ajuda ao motorista mas reparar na placa por cima da sua cabeça: "Si prega di non parlare al conducente".

Ganhar coragem, e com medo de ouvir uma resposta torta perguntar onde sair e se há viagem de regresso mais tarde. "Só há mais uma".

Morrer de medo de passar a noite sozinha naquele fim-do-mundo, ainda por cima sem dinheiro em nenhum dos telemóveis.

Descer na paragem certa, andar imenso até à porcaria da rua da DHL e finalmente chegar até à encomenda!

Fazer uma peixeirada (peixeirada em italiano tem muito mais classe) com toda aquela situação e exigir que me levassem de volta à civilização, que o autocarro era longíssimo, era de noite, estavam 7ºC e estava sozinha.

Vir "de rabinho tremido" numa carrinha da DHL até à portinha de casa e FINALMENTE poder abrir a encomenda.

E ver que o conteúdo compensou todo este episódio.
No fundo, miminhos da minha avó, entre os quais, chocolates, mel caseiro, S's de Azeitão (dos poucos bolos que eu gosto!), bolachinhas, chá, lacinhos (massa), fotografias, e o melhor: duas cartinhas muito queridas! Com frases típicas de avó, como "Estás mais magrinha", "Come bem meu amor, não te importes de gastar dinheiro que a saúde é o mais importante", "estás numa cidade muito perigosa" LOL
Muito obrigada!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Siena

Mais um fim-de-semanazinho fora, não há melhor depois de uma semana de estudo árduo! :P

Desta vez o destino foi Siena, classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, onde a Inês ruiva que esteve em nossa casa no fim-de-semana passado está a fazer Erasmus e nos acolheu tão bem e tão comodamente! Uma casa aquecida soube a mel tendo em conta os 5ºC que apanhámos em Siena.

Porquê o nome Siena? Reza a lenda que a cidade foi fundada por Senio, filho de Remo, um dos dois fundadores de Roma.

Que amorosas a descansar no comboio!
Chegámos sexta à noite, e tínhamos logo à nossa espera um delicioso Franguinho com Cerveja à moda do Norte feito pelas anfitriãs. Jantar a correr, e apanhar o autobus para o Vanilla, uma das discotecas lá do sítio.

Chegadas lá: pagar bebidas? Porquê, se é tão fácil que nos ofereçam?!

Técnica nº 1: "Oggi è il mio cumpleanno!"


Técnica nº 2: "Siamo straniere, per favore una bevanda per noi!"


Técnica nº 3: "Altra bevanda per le straniere!"


Sábado foi dia de visitar a cidade. Passear pelas ruas estreitinhas medievais é como passear pela história. Ver a vista em S. Domenico, entrar no Duomo (um dos meus preferidos até agora, num estilo gótico lindíssimo), a Piazza del Campo onde se realiza o Palio, a famosa corrida de cavalos que agita a cidade duas vezes por ano, ver o Palácio Público, o Museu da Tortura e ter sempre a loba romana presente ao longo de toda a cidade.

O Duomo (Catedral)


Depois de uma paragem na loja "Tutto a 0,99€" já não largámos os nossos novos adereços e o Natal chegou mais cedo :P

Museu da Totura: um cinto de castidade



Museu da Tortura: fotos mórbidas tipo Blair Witch Project LOL

Na Piazza del Campo, a mais famosa de Siena


Sábado à noite foi tempo de ir a uma festa da Contrada ali do bairro, onde encontrámos outros mascarados como nós :D

Mais tarde, festa meio estranha na Faculdade de Economia, onde todos se questionavam porque é que estávamos já vestidas a rigor para o Natal, ao que respondíamos "In Portogallo è già Natale!". Até demos autógrafos!
Foto em homenagem à Sarita, de quem sentimos a falta!

Domingo, despedimo-nos das nossas queridas anfitriãs e fomos conhecer San Gimignano, aquele sítio que ninguém consegue muito bem dizer o nome. Muito giro, totalmente cercado por muralhas, e ainda mais medieval que Siena, mas um bocado desilusão, na medida em que não é propriamente fácil de chegar lá e depois é tão pequeno, tão pequeno que basicamente se resume a duas ruas principais, umas torres e uma Piazza (Piazza del Cisterna).

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Discotreno

Sexta-feira passada houve mais um Discotreno, das melhores festas de Pisa.

E o que é o discotreno?, perguntam vocês. É basicamente a invasão de um comboio a uma determinada hora combinada, de modo a que as carruagens vão cheias cheias cheias, toda a gente com garrafas, em direcção a Florença. Quando se chega vai-se até uma discoteca perto da estação, o Space, e depois quando fecha, volta tudo novamente no mesmo comboio. Curioso que isto não é publicitado por escrito em lado nenhum, o que aliás seria proibído. Os membros do ESN limitam-se a passar a palavra, toda a gente fala disso, e pronto, reune-se um batalhão de gente na estação numa qualquer sexta-feira de cada mês.



E assim foi. Às 22h30 lá se invadiu o comboio, que desta vez estava mesmo impossível de tanta gente. Escusado será dizer que ninguém tinha bilhete.







Tive a visita da Inês ruiva e da sua amiga Ana durante este fim-de-semana (e que bem que nos demos todos, fiquei muito contente!), e não pude deixar de as levar ao célebre Discotreno.


Contudo, desta vez os ânimos estavam demasiado exaltados, e nem tudo foi um mar de rosas. Assim, segunda-feira seguinte já era notícia no jornal. Passo a citar:


"Un treno devastato che dovrà restare fermo parecchio tempo per le riparazioni, ritardi sulla linea per Firenze, numerosi giovani identificati dalla polizia ferroviaria. E’ il bilancio della scorribanda notturna che ha visto protagonisti circa 300 giovani che appartengono al progetto di scambio culturale «Erasmus» — sono studenti universitari stranieri, in maggioranza spagnoli — che in questo periodo si trovano a Pisa e che la scorsa notte hanno messo a ferro e fuoco un interro convoglio.

(...)
Una volta a bordo i giovani universitari, molti dei quali sono già ubriachi [embriagados], si scatenano lasciandosi andare ad atti di vandalismo di ogni tipo. Nel mirino finiscono prima di tutto i sedili [assentos], molti dei quali vengono tagliuzzati e squarciati con i temperini [cortados e rasgados com os canivetes]. Alcuni braccioli vengono staccati di netto e fatti a brandelli [braços dos assentos arrancados e feitos em pedaços]. Sorte non migliore tocca alla plafoniere di plastica che danno luce all’interno dei vagoni: parecchie quelle che finiscono in pezzi. La comitiva è ormai fuori controllo e a nulla valgono i tentativi dei bigliettai di cercare di portare un po’ d’ordine. Non è facile, anzi è del tutto impossibile, tenere a bada un gruppo così numeroso. Al culmine dell’escalation — tra urla selvagge [entre gritos selvagens] — vengono sfondanti anche alcuni vetri delle carrozze [arrombados alguns vidros da carruagem].

Finalmente il treno arriva a Santa Maria Novella [Florença] dove la polizia ferroviaria, messa sull’avviso, interviene al binario a ricevere la «compagnia». Impossibile fermare tutti: gli agenti individuano comunque i più scalmanati identificandoli. A questo punto il gruppo si abbandona alla scorribanda in giro per la città, dedicandosi con ogni probabilità ad altre abbondantilibagioni.

Ieri il treno devastato è stato in officina per un primo esame dei danni e delle riparazioni necessarie. Il conto è salato e probabilmente Ferrovie dello Stato chiederà alle forze dell’ordine di cercare di risalire almeno ad alcuni dei responsabili."

in La Nazione (Jornal Local da zona de Florença)

Versão intergral aqui

Um pouco sensacionalista, diria eu, não?

Não vi metade destas coisas, tudo bem que desta vez estava mais a abarrotar do que o costume, mas parece-me que este jornal é um bocado o 24h cá do sítio...

Ontem houve reunião do ESN para se decidir se haverá mais Discotrenos.
Aguardamos resposta positiva...

domingo, 16 de novembro de 2008

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Fui a Roma e vi o Papa

Este fim-de-semana houve o ICE 2008 – Incontro Culturale Erasmus, em Roma. Erasmus de todas as partes de Itália dirigiram-se à capital para um fim-de-semana muito preenchido.

Às 7h da manhã os Erasmus de Pisa partiam. Um pequeno problemazito com o comboio, pelo que tivemos de mudar, mas passado 5h chegávamos à capital da Província da Lazio.



O hostel era o Yellow, junto à estação Roma Termini, apenas por 13,5€/noite. Empregadas muito ineficientes, mas boas condições e óptimo preço. Camarata partilhada com um casal de egípcios do Cairo, ele em Erasmus na Suécia e ela na Bélgica (Stellinha, ela está em Bruxelas! Tens de a conhecer, chama-se Leyla! ).

Só do grupo de Pisa éramos 130, e depois de almoço fomos logo acompanhados por uma guia local que nos fez a visita a pé guiada pelos pontos mais importantes da cidade.

Muito ficou por ver, mas nos 3 dias ainda conseguimos visitar a Praça da Republica, o Panteão, o Capitólio, a Praça de Espanha e a célebre escadaria de Espanha, a Villa Medici, o Coliseu, o Arco de Constantino, a Coluna de Trajano, a Coluna de Marco Aurélio, o Castelo de SantAngelo, a Fontana di Trevi, e a Cidade do Vaticano – Praça de São Pedro, Basílica de São Pedro, e os Túmulos Papais (a Capela Sistina infelizmente fecha ao Domingo).



Fontana di Trevi: amei, amei! Foi mesmo o que mais gostei… passámos lá uma meia hora só a observar e a tirar fotos. Lindíssima, numa junção de Classicismo e Barroco, onde reza a lenda que quem atira uma moeda de costas regressará à cidade.
Capitólio: A trepar as grades com as espanholas de Valladolid, pouco antes de chegar a polícia para nos expulsar
Desfilámos nos 135 degraus da escadaria da Praça de Espanha, onde já tantos célebres desfiles de moda se realizaram

No monumento mais conhecido de Roma, o Coliseu: e assim vi a minha 3ª das 7 Maravilhas do Mundo Moderno
Arco de Constantino: pedir aos transeuntes que tirem foto nunca foi boa política, na verdade o Arco mal se vê, mas enfim, gosto da fotografia.

No Vaticano, o Estado Independente mais pequeno do mundo, com apenas 0,44 km2 de área e 500 habitantes

Na Basílica de São Pedro, a maior Igreja do mundo e centro do Catolicismo

O Papa Bento XVI, que deu uma missa apenas de 20 minutos lá do alto da sua janelinha, onde falou em italiano, inglês, francês, alemão, espanhol e polaco, mas português claro que não


As noites foram sempre preenchidas por festas reservadas a Erasmus, em que só entrava mesmo quem tinha pulseira do ICE’08. Na primeira noite 1300 Erasmus na discoteca Piper, e na segunda na discoteca Alien. Muito giro conhecer Erasmus que estão noutras cidades italianas a estudar, trocar contactos e prometer visitas.



Com os nossos recém-amigos em Erasmus algures pela Itália: Ivo (português, da Tuna do Orfeão do Porto!!! Muitas músicas de tunas cantámos :D ), o Cosimo (Italiano) e o Stefan (belga).

No Alien, já no fim da noite amicíssimas da Maria, empregada da casa-de-banho, que começou por nos odiar por tentarmos sempre fugir para a casa-de-banho dos homens que tinha menos gente, mas que no fim até já nos oferecia ChupaChups e tirava fotos connosco

A vinda teve de ser antecipada umas horinhas, pois houve um “sciopero” (greve) dos trabalhadores da Ferrovia dello Stato.

Amei a cidade, e embora adore Pisa, sou muito cosmopolita e não há de facto comparação. Só espero que a lenda da Fontana di Trevi seja real :)