terça-feira, 3 de março de 2009

Carnaval no Veneto

Aproveitando o feriado, decidi dar um saltinho ao célebre Carnaval de Veneza. Quis no entanto manter a mesma companhia do ano passado: a minha Vanessinha, que começou o seu Erasmus há duas semanas na vizinha Génova. Também como no ano passado, ficámos alojadas na casa de uma amiga da Vanessa, a Carolina, que fez Erasmus em Veneza há dois anos, e que por gostar tanto, por lá ficou a trabalhar desde então. Com a pequena diferença de que no ano passado ela morava numa rua atrás da Praça de São Marcos, e este ano mora no Lido… faz uma certa diferença, lol.

Procurámos comboios regionais que, partindo das nossas respectivas cidades, chegassem a Veneza mais ou menos à mesma hora. E assim foi, forreta como sou, apanhei três comboios para pagar apenas 18€ para chegar a Veneza, demorando umas 6 horas e fazendo trocas no Prato e em Bologna. Nota: nunca façam trocas no Prato, fui completamente assediada… que nojo. Fora isso, gostei de viajar sozinha, quase não tive oportunidade de adiantar o livro que levei para ler porque fui conhecendo imensa gente, óptimo para praticar o meu italiano.

Chegada à estação de Veneza S. Lucia, fiz questão de não sair enquanto a Vanessa não chegasse, já que é uma cidade tão nossa, onde tínhamos sido tão felizes no ano passado.

Devido à hora tardia a que chegámos, nessa noite já pouco havia a fazer, pelo que nos dirigimos ao Lido. Primeiro Vaporetto, depois autocarro. Distraídas na conversa, deixámos passar a nossa estação de saída, e quando demos por nós, o autocarro estava em cima de um ferryboat, já em direcção a outra ilha, de nome Pelestrina. Com esta brincadeira tivemos de esperar que o autocarro chegasse ao fim e voltasse a fazer a rota inversa, o que fez com que chegássemos estupidamente a casa às 5h da manhã, trazendo uma bela dose de preocupação à anfitriã Carolina.

Guardámos dois dias para passear calmamente por Veneza, outro para ir a Pádua, e o último, já de regresso, para conhecer Verona. Foi bom termos ido juntas, porque como já tínhamos conhecido Veneza no Carnaval do ano passado, faltavam-nos ver as mesmas coisas. Assim, e dado que os principais ex-libris de Veneza já estavam vistos, optámos por ir ao Cemitério (uma ilha só com um cemitério cheio de espaços verdes, onde só se chega de barco e por onde passam muitos turistas), e a Burano, já que no ano passado eu me tinha enganado, e nos tinha levado até Murano – horrível. Burano vale mesmo a pena, embora seja a 1h30 de Vaporetto.




O outro dia em Veneza aproveitámos para ir ao Campo de Santa Margheritta comer uma Pisa al Volo, tão célebre e tão deliciosa, e para nos perdermos sem rumo pelas ruelas.

À noite jantávamos por casa, pasta feita pelo namorado da Carolina, italiano do Veneto, e íamos para o Carnaval, sempre animadíssimo, pena acabar cedo. Também ainda deu para me cruzar com um grupinho de amigos portugueses aqui de Pisa que foram também para lá :)




No dia seguinte Pádua, que bem podia ter sido dispensada, não gostámos mesmo. Algumas ruinhas engraçadas no centro histórico, mas logo seguidas de ruas grandes, modernas, com estradas e infra-estruturas altas, num contraste sem sentido.

Já Verona, tivemos foi pena de não perder lá mais tempo. Lindo, lindo, lindo. Ruinhas, todas elas muito queridas. Percebo aqueles que a consideram a cidade mais linda de Itália. Fomos à Casa da Julieta onde nos bombardearam de ofertas, e onde a Vanessa dedicou por escrito todo o seu amor por mim :P Não houve tempo para muito mais, havia três comboios para apanhar de regresso a Pisa/ Génova. Tenho mesmo de lá voltar com mais calma.




Veneza continua a ser a minha cidade preferida de todo o sempre, e quem sabe se no próximo Carnaval não estaremos novamente lá para fazer o hat-trick.

P.S.- Esta quarta parto novamente em viagem, isto anda muito agitado eu sei, pais! Tem de se aproveitar enquanto as aulas ainda estão a meio gás! Vou conhecer Nápoles, Pompeia e Amalfi, com passagem por Roma.

P.S. 2- Já comecei o curso de italiano, nível B2. Estou a gostar porque não há portugueses, e espanhóis apenas uns 3. Ainda hoje tive a fazer um trabalho com uma polaca, um inglês e uma norte-americana. Fora isso, há franceses, alemães, indonésios… gosto.

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